Apresentação
Quantas
vidas nos cercam? Quantas destas marcam a nossa vida? E será que tivemos ou
teremos outras vidas além desta que estamos desfrutando? São tantas perguntas,
tantos mistérios que cercam a nossa existência, e que faz com que estejamos em
constante busca destas respostas. Mas, quem detém a verdade absoluta sobre os
mistérios da vida e da morte? Temos ensinamentos, estudos, muita coisa
fundamentada por estes caminhos. Temos também, e creio ser a principal, os
ensinamentos baseados em nossa fé e doutrina religiosa, que são fatores
inquestionáveis aos olhos de muitos, mesmo porque a fé de cada indivíduo não
deve ser questionada e sim respeitada.
Se você
acredita que subir num coqueiro de 15 metros de altura te trará saúde e
prosperidade, faça isso, desde que não precise pisar no seu semelhante para ter
o sucesso esperado. Respeitar a cresça ou a falta dela nas pessoas que dividem
este mundo conosco é o mínimo que podemos fazer para a construção de uma
sociedade mais harmônica, onde as pessoas não sejam avaliadas pela sua
religiosidade, biótipo, ou outro fator qualquer além das suas ações em
benefício do bem comum. De nada adianta passar a vida inteira nos movimentos
religiosos, por exemplo, se as ações para com o semelhante são mesquinhas e avarentas.
Marcas de Outras Vidas nasce a partir de
uma serie de transformações na minha vida, aonde fui permitindo a imaginação
fluir com naturalidade, aonde conceitos até então desconhecidos vão tomando
forma e apresentando um novo olhar para a vida e a morte. Estes conceitos são
inseridos involuntariamente, sem pesquisas ou estudos, surgem por pura
inspiração, como se alguém estivesse aos poucos relatando sua história e eu
transcrevendo, digo isso baseado em duas situações, das quais tenho plena
convicção do ocorrido, relato agora estas situações, para que você caro leitor
possa entender o ambiente em que esta obra foi tomando forma, volume e
sensibilidade.
Primeiro fato:
Iniciei esta obra em 2011, tinha em mente o roteiro principal onde uma jovem
seria incumbida de, através do relato de sua vida, convencer a um jovem de que
sua passagem pela vida terrena teria chegado ao fim. De início escrevi algumas
páginas e depois de uma longa parada retomei o projeto. Foi então que o meu
notebook começou a travar e desligar constantemente, isso ocorria logo após o
equipamento ser ligado, ficando uma tela azul comum quando aquece o processador
ou algum outro componente. Tentei várias formatações, verificação de hardware,
inclusive levei ao TI da empresa onde trabalho que deu algumas sugestões para
tentar solucionar o problema, não tendo sucesso. Num determinado fim de semana
em uma viagem utilizei o notebook normalmente e o mesmo não apresentou uma
única vez o problema que tanto vinha ocorrendo, ao chegar em casa a primeira
coisa a fazer foi ligar o notebook, bastou cinco minutos para a tão conhecida e
famosa tela azul aparecer e travar o equipamento. Desliguei e fui descansar.
Naquela semana comente a situação com Amanda, minha colega de trabalho, que
sabemos tem suas atividades de bruxa, não estava fazendo uma consulta sobre o
fato e sim comentando. Ela olhou para mim e disse:
- Tu não vai
me chamar de louca com o que eu vou te dizer?
- Eu até sei
que tu és meio doida, mas não vou chamar não. – Respondi em tom de brincadeira
- Tem alguém
desligando ela pra ti. Ele não desliga sozinho.
- Como assim?
Se eu moro sozinho.
- Nunca
estamos sozinhos. E você não mora sozinho. Estou vendo ela desligar.
Falando isso
deu todas as características da pessoa que segundo ela estava desligando o meu
notebook.
- Está bem. E
agora? Como faço? – Indaguei.
- Agora são
vocês dois que tem de resolver.
- Legal. Muito
legal. – risos
Naquela mesma
semana na primeira vez que peguei o notebook fui direto ao arquivo do livro,
até então não tinha falado muito sobre a Rafaela, personagem principal da obra,
apenas tinha citado o encontro dela com Théo. Tomei portanto esta parte do
encontro deles e descrevi a Rafaela exatamente como a Amanda falou que era a
pessoa que desligava o equipamento. Desde então não desligou mais e dentro de
muitas tentativas que fiz em escrever anteriormente e o notebook não desligava
eu não conseguia encontrar palavras para continuar, deste dia em diante fluiu
de maneira alarmente, no primeiro dia que parei para escrever foram 25 páginas
de criação em pouco mais de duas horas. Este ritmo me acompanhou até o término
do livro.
Segunda
situação: Depois de ter o livro praticamente pronto comecei a imaginar como
seria a capa, numa visita à um casal de sobrinhos, Bruna e Nelson, comentei
sobre este fato relatado anteriormente e descrevi o que estava imaginando para
a capa.
- Bruna eu
estou imaginando metade da capa sendo uma imagem da cidade e a outra metade uma
imagem celestial, sobreposta a elas uma imagem da personagem de perfil onde
parte do corpo estaria na terra e parte no céu, simbolizando a passagem de uma
vida para a outra.
-
Interessante. Mas se eu fosse o tio não colocaria a imagem da mulher na capa,
somente a cidade e o céu. – Opinou a Bruna.
No mesmo
instante que ela falou isso, algo caiu sobre o forro bem acima de nossas
cabeças, como se alguém tivesse soltado um objeto. Fez um barulho forte. A
Bruna então rapidamente disse:
- Melhor
deixa-la na capa. – Dando uma forte risada.
E desta forma
fui me dedicando, com auxilio da personagem Rafaela na criação deste livro,
deixando a imaginação fluir, dando liberdade para meus pensamentos e minhas
inspirações.
Marcas de outras vidas é um romance que
mostra o quanto é importante termos a consciência que não somos melhores do que
ninguém, e que o grande desafio é sermos melhores que nós mesmo no dia
anterior, criando assim um circulo de melhorias, que devemos também sempre
pensar em fazer o bem, e quando cometemos algum erro a melhor maneira de
corrigir é praticando o bem, podemos até comparar a vida com uma conta
bancária, se o saldo de sua conta bancária estiver negativo o que precisa fazer
para que torne-o saudável novamente? Simples, colocar mais dinheiro. Na conta
da vida também é assim, se estamos em débito por causa de nossas atitudes
precisamos necessariamente tomar atitudes que se sobreponham aos nossos erros.
Temos uma
busca frenética por respostas. Sabem onde elas estão? Dentro de cada um de nós.
Se quiseres entender sua existência, tente primeiro te entender, aponte para si
mesmo seus pontos fortes e os fracos, tendo como meta a minimização dos erros.
Perfeição é algo praticamente inatingível, busca pela sua melhoria e isto já
será de grande valor.
Transcrever a
história da Rafaela foi encantador. Sentir-se como instrumento de transmissão de uma mensagem forte,
emocionante, comovente é praticamente de
indescritível satisfação e alegria. Reler cada pensamento expresso
nestas linhas, navegar nas lições da Rafaela me faz realinhar meus passos, cada
dia mais firme e determinado a vencer os desafios que se escondem nas esquinas
da vida, que nos pegam de surpresa, nos tiram o chão. Até parece que querem nos
testar, para ver até quanto seremos fortes. Parece? Acredito que só não parece
como é verdade.
Marcas de outras vidas está te
esperando, prepara-se para um encontro. Talvez com você mesmo. Não tem a
pretensão de mudar tua forma de pensar ou encarar a vida, mas sim de ter dar
uma alternativa de como encontrar a paz interior, de se perdoar e perdoar ou
pedir perdão até mesmo para quem já não está mais por perto. O ponto chave? “O
amor”.
O que está
esperando? Sinta todas as marcas da vida de Rafaela. Quem sabe algumas delas
não sejam as tuas também.
O
autor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário