APRESENTAÇÃO
Caro leitor, tome sua cadeira de balanço, sente-se
confortavelmente e deixe-se levar pela minha Cadeira de Balanço. Assim como a
sua, que você pode simplesmente sentar e ficar descansando, sem pensar em
muitas coisas ou parar para refletir sobre algum assunto importante, a minha
também pode ser vista desta forma, ler pelo grandioso prazer de poder
contemplar um bom livro ou refletir sobre o que cada conto lhe faz lembrar.
Tenho certeza de que em algum momento da leitura você dirá: “Isso aconteceu com
alguém bem próximo de mim” ou “Esta parece ser a minha história.”
Cadeira de Balanço apresenta contos que relatam histórias
supostamente vividas por uma única pessoa. Pelo menos é o que Luz, uma velha
senhora, tenta mostrar para seu novo amigo Michel Strass durante a visita dele
à sua fazenda. Luz vai ler e comentar os contos que sua pequena escreveu nas
aventuras em que viveu mundo afora. Fica um clima de mistério, pois ela não
fala quem na verdade era sua pequena, se era filha, neta, sobrinha. Somente
fala várias vezes nela. Luz e Michel passam o dia conversando na varanda da
casa onde ele a encontrou descansando na sua cadeira de balanço.
Os contos que Luz lê para seu amigo trazem temas
importantes, que são constantemente discutidos pela sociedade, todos abordados
de forma simples, uma leitura gostosa que deixa o gosto de quero mais.
Exploração Sexual, Bulimia e Anorexia, Bullyng, Violência e
por último, mas não menos importante, Violência no Lar, são temas apresentados
neste livro. Contos com histórias comoventes, de superação, trazendo à tona
também valores esquecidos por muitos: Amor, amizade, perdão, persistência,
entre tantos outros.
Tudo isso rodeado por um grande mistério: Quem de fato é a
pequena da Luz? E até mesmo podemos perguntar: Quem é Luz? Uma visão, um
fantasma ou foi tudo loucura da cabeça de Michel? Ah... Isso meu amigo leitor,
você terá de descobrir. O que está esperando? Ainda não pegou sua cadeira?
Agora sim... Está confortável? Então viaje pelos contos de
Estela, Clara, Ruth, Silvana e Letícia. Boa leitura!
O Autor.
PREFÁCIO
Foi com satisfação e alegria que recebi o convite de Nivaldo
Joaquim para prefaciar seu primeiro livro de contos, Cadeira de Balanço. E é
com estes mesmos sentimentos que inicio este prefácio. Imagino que o convite
feito a mim não se deva apenas a minha experiência na área de Letras, mas
também pelo convívio que tivemos nos últimos 10 anos como vizinhos que éramos e
amigos que somos.
Confesso também que foi com surpresa que me deparei com um
Nivaldo escritor. Até então eu o conhecia como um bom amigo, um bom pai, como
aquela pessoa que sempre tem um conselho amigo para dar, que sempre procura
olhar para o lado bom das pessoas e dos fatos. Pensando bem, olhando para trás,
agora percebo que ali já havia um contador de histórias, no melhor sentido que
este termo possa ter.
Mais surpresa ainda fiquei diante de sua escrita, quando me
debrucei sobre os contos que compõem esta sua primeira obra em prosa. Nivaldo
consegue tratar de questões muito atuais em cada um de seus contos, todos de
alguma maneira voltados para o universo feminino, como os próprios títulos da
maioria dos contos sugerem. Além disso, há um fio condutor que nos leva de um
conto para o outro e que instiga a curiosidade do leitor para descobrir os
mistérios que unificam cada uma das pequenas histórias as quais, finalmente,
compõem a narrativa principal, tecida a partir da conversa entre dois
estranhos. É essa prática humana milenar, promovida pela linguagem, que vai
desfiando para o leitor cada uma das histórias, repletas algumas vezes de
aventuras, outras de encontros e desencontros, de esperanças e desilusões,
desafiando o leitor a sonhar com os personagens, a rir e a chorar com eles
diante dos mistérios da vida e da morte.
Cadeira de Balanço traz consigo também surpreendentes
reflexões sobre a vida. Reflexões daquelas que todos nós gostamos de ler e
ouvir e que traduzem as alegrias e as angústias as quais compartilhamos por
sermos humanos. Tudo isso certamente faz parte do repertório de conselhos de um
bom amigo, de um amigo do bem, de um amigo dos bons.
Fabíola Sucupira Ferreira Sell
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