Dentro de tantas notícias veiculadas uma tem me chamado a atenção: “São os crimes passionais”, fato que infelizmente são comuns em nossa sociedade. Então fico me perguntando o porquê isso ocorre, pois em sua grande maioria são relacionamentos já findados e geralmente o homem não aceita o término da relação. Será que os homens que praticam tais crimes não se sentem capazes de recomeçar sua vida, alçando novos voos, buscando novos horizontes? Dando também a suas ex-companheiras a oportunidade de
reconstruir sua vida.
Mas, antes mesmo de pensar nestas barbaridades fico imaginando como eram os relacionamentos de tais casais. Muitas vezes vivem apenas de aparência para que a sociedade os vejam como um casal feliz ou uma família feliz. Será que ao invés de viverem um RELACIONAMENTO onde todos se sintam confortáveis, confiantes, com muitos desafios, mas também com a certeza de que vale a pena lutar para superar estes desafios, não vivem um APRISIONAMENTO onde apenas um lado decide a vida de todos, que nem se preocupa se seu companheiro está feliz, está bem, se queria mesmo estar ali. Basta estar aqui, o resto não importa. Afinal quando assinamos a certidão de casamento não estamos assinando uma escritura pública que nos dá a posse da outra parte e sim um documento que nos compromete a trabalhar juntos, lutar pela felicidade mútua, com respeito e amor. Quando um destes elementos se perde pelo caminho não tem outra alternativa: sentar, conversar e descobrir o melhor caminho a seguir, mesmo que seja a separação pois, ninguém pode ser forçado ou coagido a viver com outra pessoa. (Pelo menos não deveria)
Muitos dirão: “Mas, e os filhos como ficam frente a isso?” Estudos mostram que eles sofrem, as vezes até se decepcionem com os pais, principalmente o que sugere a separação. Mas, com o tempo começam a entender, a ter também seus relacionamentos e percebem que existem muitos fatores que recaem sobre estes fatos. Isso depende muito do comportamento dos pais separados, não jogando os filhos contra o/a ex. Sabendo separar relação homem/mulher da relação pai/mãe. É difícil? Sim, as vezes muito, mas vale a pena minimizar a situação para os filhos.
E você vive um RELACIONAMENTO ou um APRISIONAMENTO?
Teria coragem de chegar frente ao seu/sua companheiro/a e perguntar: “Você está feliz? Está onde queria e com quem queria?
E se a resposta fosse negativa: Não estou feliz, não queria estar aqui. Teria capacidade de entender e deixa-lo/a seguir em frente e apostar em uma nova vida?
Pense nisto: Não podemos aprisionar quem não quer ficar conosco, deveríamos dar motivos para o outro ficar, mas não para ele ter medo e se acuar na vida.
Sejamos felizes. Permitindo aos outros a mesma felicidade.